domingo, 30 de outubro de 2016

PT perde as 7 disputas no 2º turno



O 2º turno consolidou uma eleição nada favorável ao PT. O partido perdeu em todas as cidades que disputava. Eram sete.

Em cinco delas, a expectativa já não era boa. Em Recife, por exemplo, a única capital em jogo, João Paulo (PT) acabou com 38,70%. Geraldo Julio (PSB), reeleito, terminou com 61,30%. Não foi surpresa. A disputa foi ao segundo turno por muito pouco. Com isso, o partido ganhou apenas uma capital neste ano (Rio Branco, no 1º turno).

 No ABC, as derrotas foram elásticas. Em Mauá, Donisete Braga (PT) ficou com 35,53% e, em Santo André, Carlos Grana (PT) acabou com 21,79%.
  
Em Vitória da Conquista (BA), Zé Raimundo (PT) também perdeu. O peemedebista Herzem Gusmão foi o escolhido pelos eleitores.

Em Juiz de Fora (MG), outra derrota petista para o PMDB. Margarida Salomão terminou com 42,13% dos votos. O vencedor foi Bruno Siqueira, que teve 57,87% no final.
   
Em Santa Maria (RS) e Anápolis (GO), as duas cidades onde os petistas haviam terminado o primeiro turno na frente, a derrota foi por pouco.
  
Em Santa Maria, a diferença foi de apenas 226 votos. Valdeci Oliveira (PT) saiu derrotado para Pozzobom (PSDB). Em Anápolis, João Gomes (PT) ficou com 48,77% dos votos válidos, contra 51,23% do eleito Roberto do Orion (PTB).

domingo, 23 de outubro de 2016

AVIÕES DO FORRÓ: Como funcionava esquema que teria desviado R$ 500 milhões em impostos e a vida de luxo

Fenômeno de audiência há quatro anos, a novela “Avenida Brasil”, da Rede Globo, apresentava alguns de seus melhores momentos quando Suelen, personagem da atriz Isis Valverde, entrava em cena com leggings e tops coloridos seduzindo os homens do Divino ao som de “Correndo atrás de mim”. A repetição dos versos-chiclete “Eu quero ver você correndo atrás de mim/ Eu quero ver você correndo atrás de mim/ Quando eu te procurei você nem ligou pra mim/ Agora eu quero ver você correndo atrás de mim” algumas vezes por semana no horário nobre da tevê transformou o grupo Aviões do Forró, que já tinha uma carreira de 10 anos no Nordeste, em sucesso nacional. Emendando um hit no outro, Solange Almeida e Xand Avião, vocalistas da banda, acumularam fortuna cantando desilusões amorosas em ritmo de “forró-pop”, numa contribuição questionável à cultura popular. Agora, uma investigação da Polícia Federal (PF) batizada de For All questiona também a contribuição do grupo para a Receita. Os policiais suspeitam que, ao lado de outras bandas ligadas à A3 Entretenimento, eles tenham sonegado cerca de R$ 500 milhões em impostos entre 2012 e 2014.
BLOQUEIO DE BENS
A operação deflagrada na terça-feira 18 apura ainda suspeitas de omissão de rendimentos e lavagem de dinheiro. Além do Aviões, outros três conjuntos de forró são acusados de realizar shows declarando apenas 20% do valor dos contratos. Ao todo, foram bloqueados 163 imóveis e 38 veículos, como Mercedes-Benz, BMWs e Land Rovers, e 32 pessoas foram conduzidas para prestar esclarecimentos, inclusive Xand e Solange, que foram ouvidos e liberados. Procurados pela ISTOÉ, eles informaram, em nota, que estão “à disposição da Justiça”. Se mantiver a agenda, como divulgado, a banda embarca nesta semana para os Estados Unidos, onde tem shows marcados em Nova York, Boston e Miami. “Assim como o forró é para todos, os tributos são propriedade do povo brasileiro”, diz o auditor fiscal João Batista Barros, superintendente regional da Receita Federal. “Analisamos os aspectos exteriores de riqueza, como imóveis, atividades e consumo, e a compatibilidade com o apresentado nas declarações.”
VIDA DE LUXO
Vaidosos, “Solanja”, como é chamada pelos fãs, e Xand adoram as redes sociais, onde publicam fotos com o “look do dia”, em viagens e compras (ela vive nas lojas de grife do Shopping Iguatemi de Fortaleza). A cantora também se orgulha com as cantadas e elogios que recebe por causa do corpo 50 quilos mais magro, conquistado graças a uma cirurgia bariátrica feita há oito anos. Xand, que também é sócio de uma churrascaria, é apaixonado por carros esportivos – no ano passado, comprou em Recife um Porsche Cayman S, avaliado em R$ 399 mil. Dono de uma concessionária de automóveis em Fortaleza e amigo de Xand, um empresário que pediu para não ser identificado, disse que todos os carros do cantor são financiados e que ele nunca fez nenhuma transação com dinheiro em espécie. “O Xand é a pessoa mais idônea que pode existir”, afirma. “Não é ele que administra a banda, ele só canta.”
A delegada Doralucia Oliveira de Souza, que conduziu as investigações, discorda. “Os artistas são sócios, não são só empregados”, diz. “É muito complicado pensarmos que eles não tivessem consciência do que estava acontecendo ali.” No papel, os vocalistas dividem a propriedade do grupo com os empresários Carlos Aristides, Zequinha Aristides, Isaías Duarte e Claudio Melo. Recentemente, depois que Solange ameaçou seguir carreira solo, a cantora aumentou sua participação de 10% para 25% nos lucros, igualando o percentual de Xand, e os empresários ficaram com o restante.
O esquema descoberto pela PF funcionava através de contratos subfaturados de shows, eventos e vendas de CDs e DVDs. Os suspeitos combinavam o valor com o contratante, mas apenas de 20% a 50% do preço era pago pelas vias oficiais e declarado ao Fisco. O restante, de acordo com a investigação, era entregue em dinheiro vivo, pouco antes das apresentações. No caso do Aviões do Forró, os valores ficavam na casa dos R$ 160 mil – entre os demais grupos, como o Solteirões do Forró, o cachê começava em R$ 50 mil. Cada uma das bandas faz, em média, 200 shows por ano. Isso significa que só o Aviões faturava R$ 32 milhões anuais em shows. Como até 80% do valor era escamoteado, a sonegação pode ter ultrapassado os R$ 25 milhões. A polícia também suspeita que os envolvidos lavavam dinheiro comprando imóveis e declarando valores menores do que os reais, para depois revendê-los pelo preço de mercado. Além disso, promoviam intensa confusão patrimonial entre pessoas físicas e jurídicas para driblar a fiscalização. Se depender da “For All”, a farra acabou.

Morre aos 51 anos o apresentador Ênio Carlos, astro da TV cearense


Televisão Cearense de luto com a morte de Ênio Carlos aos 51 anos (Foto: Arquivo Pessoal)
QUEM DE NÓS AO LIGAR A TV DIARIO AS TARDES DOS DOMINGOS E NAO OUVIA O PROBRAMA ENIO CARLOS UMA ESPECIE DE SILVIO SANTOS DA TV CEARENSE. UM GRANDE APRESENTADOR E COMUNICADOR DA TV BRASILEIRA. ESTEVE NO AR DESDE 1998.
Morreu, na quinta-feira (20), o apresentador e radialista Ênio Carlos, de 51 anos. Um dos nomes mais queridos da TV cearense, Ênio enfrentava um tumor no cérebro. A TV Diário confirmou a morte do profissional em seu Twitter oficial.
A repercussão foi tamanha que a hasthag com o nome de Ênio ficou entre os dez assuntos mais comentados no Brasil via Twitter. Ele, que trabalhava há 18 anos na TV Diário e comandava o Programa Ênio Carlos, estava afastado desde fevereiro por conta da doença. O programa, um hit da telinha, contava com o quadro Glitter - Em Busca de um Sonho, um reality que trazia drag queens.
Após afastamento para tratar o câncer cerebral, a família do apresentador e radialista enviou um comunicado explicando a delicada situação de saúde dele. "Desde o final de fevereiro, ele foi diagnosticado com uma grave condição médica, tumor cerebral, caracterizando um tipo de CA. A equipe de médicos que o acompanha recomendou o seu afastamento para que o tratamento tivesse a eficácia necessária e, desde então, ele vem se tratando para que em breve retorne aos programas de rádio e TV. Agradecemos de coração a todos os fãs que manifestaram carinho e preocupação com o Ênio. Pedimos que todos orem pela restauração de sua saúde, pois nesse momento, a fé é o nosso alicerce", informou a família.
Casado, Ênio deixa três filhas.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Judiciário fica mais caro e leva 1,3% do PIB; juiz custa R$ 46 mil/mês


  • Estátua simbolizando a Justiça em frente à sede do Supremo Tribunal Federal
  • Estátua simbolizando a Justiça em frente à sede do Supremo Tribunal Federal
A cada ano, o custo do Poder Judiciário vem aumentando para a população do país. Em 2015, cada brasileiro desembolsou R$ 387 para manter o Judiciário, 31% a mais que em 2009 (quando custava R$ 295 por habitante, com valores corrigidos pela inflação). O dado faz parte do relatório Justiça em Números, divulgado nesta segunda-feira (17) pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
"No ano de 2015, as despesas totais do Poder Judiciário somaram R$ 79,2 bilhões, o que representou um crescimento de 4,7% e, considerando o quinquênio 2011-2015, um crescimento médio na ordem de 3,8% ao ano. Essa despesa equivale a 1,3% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, ou a 2,6% dos gastos totais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios", aponta o estudo.



 89% gasto com pessoal
O grande consumidor do dinheiro do Judiciário é o pagamento de salários, auxílios e encargos. Os gastos com recursos humanos são responsáveis por 89% da despesa total. Em 2015, cada um dos 17.338 juízes custou, em média, R$ 46 mil aos cofres públicos por mês. Já cada servidor custou, em média, R$ 12 mil.
O custo seria bem maior caso o Judiciário ocupasse todas as vagas em aberto que existem. Segundo o CNJ, são 5.085 cargos vagos para juiz e 55.031, para servidores.
Além disso, há um grande índice de juízes afastados, que recebem salários, mas não prestaram serviços à sociedade. "Considerando a soma de todos os dias de afastamento, obtém-se uma média de 1.161 magistrados que permaneceram afastados da jurisdição durante todo o exercício de 2015, o que representaria um absenteísmo de 6,7%", explica, citando que os afastamentos podem ocorrer por licenças, convocações para instância superior, entre outros motivos.
Um caso recente que chamou a atenção foi a pena dada pelo CNJ de disponibilidade à juíza Clarice Maria de Andrade, que continuará recebendo vencimentos proporcionais.  A magistrada foi a responsável pela decisão de manter por 26 dias uma adolescente de 15 anos presa em uma cela masculina com cerca de 30 homens, na delegacia de polícia de Abaetetuba, no interior do Pará, em 2007.

Arrecadação recorde

Apesar da alta despesa do Judiciário, o Poder arrecadou como nunca em 2015. Ao todo foram R$ 44,7 bilhões, o que representou 56% das despesas da Justiça.
O valor arrecadado foi o maior desde 2009, quando o estudo começou a ser feito. A arrecadação do Judiciário é feita com a cobrança de custas, taxas e multas aplicadas.

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Jucurutu elegeu o “LISO”



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O Vice Zé Pedro de laranja e Valdir de preto

O município de Jucurutu, na região Seridó foi palco da eleição mais folclórica desta eleição.
A população da cidade, elegeu o “LISO” Valdir Medeiros (PROS) para a prefeitura com 50,93% dos votos válidos. Ele é motorista de ambulância na cidade e tem como vice José Pedro de Araújo Neto, que trabalha como gari. A chapa deles venceu o atual prefeito George Queiroz (PMDB) que teve uma aliança formada por PMDB, PTN, PC do B, PSD, PTB, PSB, PDT, PSDB e DEM.
Valdir Medeiros, tem 34 anos, é funcionário público municipal há 13 anos e nunca havia sido candidato a nenhum cargo público. “Sou filho de pessoas simples. Essa vitória não é de grupo político nenhum, é a vitória de um povo que se uniu para construir uma nova história. Os méritos, não são meus, mas sim de toda a população de Jucurutu”, disse o candidato eleito.
Ele venceu o atual prefeito George Queiroz com uma diferença de 234 votos. De acordo com o site do TRE, Valdir arrecadou R$18.808,46 para a campanha eleitoral, sendo R$ 7.310,00 de recursos próprios. No entanto, as despesas contratadas somam R$ 5.670,43.
Valdir ficou conhecido como o “LISO” depois que sua musica de campanha rodou o estado todo, a musica tinha o mote “O Povo quer o Liso”.