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Siga @Estadao no TwitterLeia Mais:http://saude.estadao.com.br/noticias/geral,cfm-altera-regras-para-uso-de-redes-sociais-e-autopromocao-para-medicos,1770138Medida tem como objetivo evitar condutas que afetem a privacidade de pacientes; fotos de 'antes e depois' estão na mira de entidade
SÃO PAULO - O Conselho Federal de Medicina (CFM) alterou as
regras que definem a conduta dos profissionais da área em relação às redes
sociais e à divulgação do trabalho que realizam. Segundo a resolução 2.126/2015,
os médicos não poderão publicar selfies em situações de trabalho, como durante a
realização de procedimentos médicos, nem fazer a divulgação de imagens de "antes
e depois", utilizadas especialmente por especialistas que fazem intervenções
estéticas.As normas, que ainda serão publicadas no Diário Oficial da
União, alteram resolução de 2011 e foram reformuladas após a reclamação de
pacientes que sentiram que tiveram a privacidade violada."Tivemos pessoas
incomodadas com alguns tipos de ação que feriam a privacidade e a intimidade,
que são direitos constitucionais. Não foi fácil chegar a essa redação, mas
conseguimos dar forma aos anseios da sociedade", diz Emmanuel Fortes, diretor de
fiscalização do CFM.
Casos de fotografias durante cirurgias e após partos, mostrando
os pacientes inclusive em situações constrangedoras motivaram a mudança
Casos de fotografias durante cirurgias e após partos, mostrando
os pacientes inclusive em situações constrangedoras motivaram a mudança. "Antes
da edição da resolução, teve a imagem de um profissional segurando um bebê e, ao
fundo, a mãe na posição de parto e com o cordão umbilical ainda nas partes
íntimas. Isso viola a intimidade e temos de garantir isso aos pacientes."
A proibição do "antes e depois" tem como objetivo proteger o
paciente de técnicas que podem trazer resultados inesperados. "Nossa preocupação
é que o médico não pode garantir resultados. O paciente precisa saber que nem
sempre vai ter aquilo que o 'antes e depois' acaba induzindo, principalmente em
procedimentos estéticos e dermatológicos."
Propaganda. As novas regras determinam ainda
que os médicos não vão poder fazer propagandas de produtos e empresas, assim
como de técnicas não reconhecidas pelo CFM. Outra ação que está na mira do
conselho é o uso das redes sociais para a divulgação do trabalho de
profissionais por meio de elogios de pacientes.
"Descobrimos que pacientes faziam reiterados agradecimentos aos
médicos, mas era um acordo entre médico e paciente para fazer a divulgação e
angariar clientela." Em entrevistas, os médicos não deverão divulgar endereço e
demais contatos de seu local de trabalho. "Ele deve falar sobre o que é útil à
sociedade", diz Fortes.
EM NATAL DIA 15/09 PASSADO, A Secretaria de Estado da Saúde
Pública (SESAP), tendo em vista fato ocorrido na noite da última segunda-feira
(15), no Hospital GiseldaTrigueiro, em Natal, lamenta e repudia que pessoas
tenham agido de má-fé, usando à imprensa e as redes sociais para denegrir e
difamar a imagem de um estudante de Medicina, estagiário do Pronto-Socorro
daquela unidade hospitalar.
O estudante foi acusado deliberadamente, de forma
constrangedora, e sem provas, de assédio sexual no exercício de suas funções,
bem como o médico responsável pelo plantão por supostamente ter acobertado fatos
inverídicos.
O ocorrido se torna mais grave ainda, diante das ameaças de
morte feitas ao estudante e ao médico levadas às redes sociais pelo marido da
paciente atendida na unidade. A direção do Hospital Giselda Trigueiro abriu
inquérito administrativo para ouvir os profissionais de plantão na noite de
segunda-feira e avalia recorrer judicialmente.Assine o Estadão All Digital + Impresso todos os dias
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