A resposta mais citada: A Finlândia e a Noruega estão sempre no todo da lista dos maiores IDHs - Índice de Desenvolvimento Humano - o índice mais reconhecido internacionalmente pra medir o que vc procura. São países avançadíssimos em educação, segurança, saúde... lazer se vc gosta de esquiar. Canadá, Suíça, Dinamarca não ficam muito atrás. Da sua lista os piores são Austrália, Nova Zelândia e EUA, que não são ruins se comparados com aqui, claro.



Dez Razões Para Morar na …”Dinamarca”

1- Honestidade


Vez por outra, caminhando pelas ruas vejo objetos pessoais pendurados em árvores ou cercas, ou amarrados em algum lugar público. As pessoas colocam esses objetos assim para que o dono os encontre. Não existe ‘achado não é roubado, quem perdeu é relaxado’. Ninguém se apropria do que não lhe pertence e frequentemente os itens perdidos são recuperados por seus donos. Inclusive aconteceu comigo: num dia chuvoso fui ao supermercado e esqueci meu guarda-chuva pendurado numa gôndola. Como não estava chovendo na volta, nem dei falta; só percebi que o havia esquecido no supermercado depois de alguns dias do ocorrido. Quando voltei a esse mesmo mercado uma semana depois, para minha surpresa e “choque” lá estava o guarda-chuva, exatamente como e onde o esqueci. Sim, a honestidade existe!
2- Confiança
As pessoas confiam na polícia, confiam nos vizinhos, confiam no sistema, confiam em si mesmas e nas outras pessoas. Uma sociedade que se baseia na confiança mútua coletiva tende a ser mais transparente em suas relações e, consequentemente, mais eficiente.
3- Segurança
Junto com a honestidade e a confiança, vem a segurança. As pessoas se sentem seguras na Dinamarca porque em geral se pressupõe que todos sejam honestos e portanto, dignos de confiança. Talvez isso também explique a predileção dos dinamarqueses por romances policiais: com a criminalidade real baixa, a ficção acaba se tornando um atrativo.
4- Liberdade sexual e de expressão
Sexo no primeiro encontro e sexo casual são vistos como algo normal; pornografia e prostituição são legalizadas. Topless é permitido nas praias, e nos vestiários de clubes, academias e ginásios não há divisórias ou portas separando as duchas. A Dinamarca e os dinamarqueses tratam o corpo e o sexo de forma natural e como parte de uma vida saudável, sem tabus religiosos e sem preconceitos, com uma permissividade libertária que pode soar permissiva demais aos olhos desacostumados dos estrangeiros.  E seguindo nessa linha de pensamento, segundo as Leis de Jante ninguém é melhor que ninguém, principalmente na hora de se expressar. Dinamarqueses são diretos e falam abertamente o que pensam, muitas vezes sem considerar a reação da outra parte em relação à sua opinião. Quem não ouviu falar da famosa tirinha dinamarquesa sobre o Islã que causou o maior rebuliço no mundo em 2005? A imprensa tem grande liberdade para tomar posições, fazer críticas a quem quer que seja e igualmente recebê-las sem se ofender tanto por isso. Como prova podemos citar o autor da tal tirinha que falava sobre o profeta Maomé, que acabou indo a público pedir desculpas por ter ofendido os muçulmanos.
5- Ligestilling: equidade de direitos e deveres entre homens e mulheres
 A luta pelos direitos igualitários entre homens e mulheres existe no país desde a época viking, sendo uma das primeiras leis nesse sentido promulgada pelo rei Svend Barba Bifurcada Haraldsson em 983, garantindo direito a metade da herança para herdeiras numa época em que somente homens tinham direito a herdar. A luta por direitos igualitários é uma constante no país e  floresceu com vigor a partir de 1850, tomando mais corpo a partir da década de 1970 com o movimento feminista Rødstrømper. A Dinamarca foi um dos países pioneiros em legalizar o direito ao voto para as mulheres, por exemplo, e há um desejo muito forte de equidade entre os sexos, talvez influenciado pelas Leis de Jante. A coisa é tão séria que existe até um ministério do governo dinamarquês dedicado exclusivamente a tratar dos assuntos de equidade entre os sexos, o Ligestillingsministeriet.
6- Sistema de bem-estar social
 Dagpenge (uma espécie de seguro-desemprego que a pessoa pode receber por até 2 anos caso não encontre trabalho); Kontanhjælp (uma ajuda financeira mensal para pessoas desabilitadas física ou mentalmente e impossibilitadas de trabalhar); SU (ajuda de custo paga pelo governo aos estudantes secundaristas e universitários); faxineiras, enfermeiras e cuidadoras a domicílio para os pensionistas. Um sistema de saúde público e gratuito, acessível a todos que residam legalmente no país. Educação pública, gratuita e de qualidade para todos. Um sistema social que auxilia portadores de necessidades especiais de todos os tipos a terem uma vida digna e a se integrarem à sociedade. Licença maternidade de até um ano, paga, podendo ser compartilhada entre a mãe e o pai. Utopia? Não. Tudo isso existe - e funciona - na Dinamarca!
7- Conforto, mas sem luxo
Sobriedade, praticidade, conforto sem luxo desnecessário: esse é o espírito minimalista dinamarquês. Beleza tem a ver com linhas simples, sem exageros. As coisas devem ser práticas, fáceis de manusear e claro, com um toque de modernidade e gosto pessoal. A vida na Dinamarca está cercada pela praticidade, pelo conforto e beleza. Esse caráter está intimamente ligado ao hygge.
8- Felicidade coletiva
Em várias pesquisas mundiais a Dinamarca é apontada como o país onde vivem as pessoas mais felizes do mundo. A bióloga e pesquisadora comportamental dinamarquesa Mette Böll atribui essa ‘tal’ felicidade dinamarquesa a três fatores básicos: autenticidade das pessoas, liberdade para ser quem se é e baixas expectativas. Ora, num país onde as necessidades básicas são atendidas e onde o código de conduta prega a equidade entre as pessoas, é fácil deduzir que as pessoas estejam satisfeitas. Manter-se autêntico, independentemente do que seja moda e principalmente sem temer a opinião alheia é uma característica marcante dos dinamarqueses e fator importante para a satisfação pessoal. As baixas expectativas, que em outros lugares poderiam ser traduzidas como falta de ambição, na Dinamarca são vistas como uma aceitação de que as coisas são como elas são e se você não pode mudá-las não deve se estressar por isso. Complicado? Assista aqui ao vídeo feito para a TEDx Copenhague onde Mette Böll explica seu conceito.
9- Sustentabilidade
Latas de bebida e garrafas PET têm valor de depósito, que volta para a mão do comprador em forma de desconto nas compras, cada vez que ele as devolve no supermercado. O transporte mais utilizado pelas pessoas é a bicicleta, altamente popular mesmo sob a neve e chuva, e o país conta com um sistema de ciclovias moderno, prático e bastante utilizado. Grande parte da energia elétrica consumida no país é eólica. E além dos mercados de pulgas, onde vez por outra dá para encontrar mesmo artigos raros e caros por precinhos bem camaradas, os brechós estão espalhados por todo lugar e nessas lojas as pessoas podem encontrar utensílios domésticos, artigos de decoração e móveis, além dos usuais roupas, sapatos e acessórios. Pelas cidades também estão espalhados pontos de coleta de roupas, sapatos e outros artigos usados e, pela internet, as pessoas podem consultar anúncios de doações de itens semi-novos em bom estado. A sustentabilidade é uma realidade presente no dia a dia.
10- Hygge
O hygge é o centro da vida na Dinamarca e é impossível deixar de amá-lo! Conflitos desnecessários e desgastantes são frequentemente evitados em nome do hygge. O bem-estar e o aconchego de coisas prazerosas são mais importantes que qualquer outra coisa na vida do dinamarquês.