terça-feira, 4 de agosto de 2015

MEDICO POTIGUAR DA UNP FICA FAMOSO NO RIO E SAO PAULO

Médico natalense formado na UnP brilha em SP e chega ao Rio focando na modulação hormonal através da medicina integrativa

O natalense que deu certo em São Paulo, agora se instala no Rio de Janeiro.

Leia publicação deste sábado, n’O Globo

Prestes a abrir uma clínica em Ipanema, médico cuida de nomes como Bruno Gagliasso, Giovanna Ewbank, Tatá Werneck e Fernanda Paes Leme

Por Lívia Breves

Na rodinha carioca, o nome do médico nutriendocrinologista Theo Webert, 28 anos, já está sendo (bem) falado há um ano. Ele tinha resolvido problemas de perda de memória, oscilação de humor, diminuição da libido, ganho de peso, sensação de cansaço e até queda de cabelo. Todo mundo queria uma horinha com ele, que cuida de nomes como Bruno Gagliasso, Giovanna Ewbank, Tatá Werneck, Chay Suede, Maurício Destri e Fernanda Paes Leme, propondo a modulação hormonal como tratamento.

— Estudo como o alimento se comporta no corpo de cada um e como isso afeta a produção de hormônios. A partir daí, é possível potencializar o funcionamento de todo o metabolismo para que o corpo obtenha a máxima performance e desempenho. Trabalho com medicina integrativa, em que o indivíduo deve ser percebido de forma total, não dá para analisar as partes separadamente. Esse é o futuro — acredita Theo, que exemplifica. — Recentemente, por exemplo, descobriram a ligação direta entre bactérias do intestino com a depressão, imagine o quilate desta descoberta para os psiquiatras. Integrar é preciso. Pratico a medicina sob a ótica da saúde e não da doença, e isso faz com que aconteça uma nova abordagem do tema e estimule reflexões.

Theo nasceu em Natal e decidiu vir para o Rio em 2014, depois de se formar em Medicina na Universidade Potiguar e fazer pós-graduação em Medicina Esportiva, Endocrinologia e Metabologia. Ele começou trabalhando na Clínica Patricia Davidson e, logo depois, abriu a sua própria, a La PratH, que tem sede em São Paulo e, a partir de segunda-feira, inaugura também no Rio, em uma simpática casa de dois andares na rua Nascimento Silva, em Ipanema.

— Um dia passei na frente da casa e pensei que faria minha clínica ali. Aconteceu — lembra ele, que dividirá o espaço com o sócio e cirurgião-plástico Rodrigo Duprat.

Clínica com cara de lounge

O clássico clima de clínica asséptica, com doutores de jaleco, não faz parte da La PratH. A sala de Theo não tem a típica disposição em que há uma mesa entre o médico e o paciente: lá tem sofá e poltronas, como em uma sala de estar. Na entrada da casa, o clima é de lounge, com hostess recebendo os clientes e servindo opções de quitutes e refeições (orgânicas, claro), além de um spa com tratamentos corporais. O ambiente é descontraído, tem jardim vertical, vasos com temperos, itens de madeira de demolição e uma parede de pau a pique. Tudo para a pessoa ficar à vontade e, assim, conversar o mais abertamente possível sobre si mesma, o que, convenhamos, pode ser complicado.

— Quanto mais rico e honesto for o relato do paciente, o diagnóstico terá mais acertos. A primeira característica que percebo é o nível de ansiedade e estresse, olho se há inquietação nas mãos e nos pés, se as unhas estão roídas. Vamos falar de assuntos que vão de funcionamento do intestino a qualidade do sono e vida sexual. Depois, fazemos exames de intolerância alimentar, teste genético, dosagem hormonal na saliva e outros de sangue e de imagem — antecipa ele, que foi obeso na infância e passou por muitos tratamentos sem efeito.

Apesar de todos chegarem em busca do tratamento de modulação hormonal, a maioria dos pacientes consegue se tratar a partir apenas da alimentação. Com o cardápio certo é possível curar doenças e trazer à tona o bem-estar. O alimento por si só funciona como regulador hormonal. A máxima “você é o que você come” vale aqui também.

— A alimentação está diretamente ligada à produção de hormônios. Industrializados e carboidratos refinados causam disfunções em órgãos produtores, como o da tireoide. Em muitos casos, mudar de hábitos, fazer exercícios e incluir vitaminas, minerais, aminoácidos e antioxidantes na alimentação basta para o corpo ficar saudável. Nem sempre é preciso recorrer aos hormônios para melhorar o metabolismo e evitar a doença — ensina ele, explicando que modulação não é a mesma coisa que a reposição. — A reposição usa hormônios sintéticos para cobrir algum que esteja baixo, muito comum quando ocorre a menopausa. Nesse caso, o corpo pode identificar aquilo como algo estranho e criar defesas para combatê-lo, um processo que pode ajudar no surgimento do câncer. Já a modulação é feita com hormônios bioidênticos (são substâncias que possuem exatamente a mesma estrutura química e molecular encontrada nos hormônios naturalmente produzidos pelo corpo humano e, por isso, são 100% assimilados).

Como esse tal de bioidêntico ainda é novo por aqui, Theo conta que algumas pessoas ficam com o pé atrás quando ele sugere o tratamento.

— Mesmo quando é uma mulher que usa anticoncepcional há décadas sem medo ou indicação médica — conta o médico. — Ainda é novo no Brasil, mas já existem muitos adeptos pelo mundo.

Bioidêntico contra o estresse

Seus clientes são de idades totalmente variadas, dos 16 (“os mais jovens querem dias de qualidade”) aos 65 (“os mais velhos querem qualidade em seus dias”), e as principais queixas são sobre falta de sono e cansaço, típicas características de estresse.

— Embora muito comuns, são sintomas que, com o tempo, podem ser devastadores — avisa.

Muitos o procuram para tratamento de beleza. Theo avisa:

— A modulação hormonal nunca exclusivamente para a estética. A beleza vem como consequência do bem-estar. Sentir-se satisfeito diante do espelho é uma motivação autêntica, mas é da construção da saúde que a medicina integrativa trata — alerta.

Algumas dicas:

Sobrecarga de cafeína: A cafeína estimula o sistema nervoso central, aumentando a liberação de hormônios como cortisol e adrenalina. O resultado a curto prazo pode ser aumento do foco e uma melhor coordenação. Mas exagerar na cafeína faz com que o SNC seja hiperestimulado e essa energia extra antes conseguida já não exista mais. O que fazer? Tentar limitar a sua dose diária para menos de 300mg. 

Desidratação: Os lábios refletem sua saúde e o nível de hidratação do seu corpo. Se você está constantemente usando batom ou mesmo os hidratantes para lábios, isso já é um sinal que precisa beber mais água. O que fazer? Beber oito copos de 200ml de água ao longo do dia e ingerir alimentos ricos em ácidos graxos essenciais, como nozes e sementes, abacates, anchovas e sardinhas, que ajudam a manter saudáveis as membranas celulares e prender a umidade.

Deficiência de vitamina B: Boca ressecada e com rachaduras podem ser sinais de que o seu corpo não está recebendo o suficiente de vitaminas B. O que fazer? Optar por dieta rica em integrais e priorizar alimentos como gema de ovo, batata doce, salmão, carne vermelha e legumes.

Alteração na flora intestinal: O centro de comando do sistema imunológico está alojado no interior do intestino. Um desequilíbrio da flora intestinal mostra que o corpo não pode se defender contra micróbios hostis. O resultado é adoecer com mais facilidade. O que fazer? Buscar alimentos que nutram a flora intestinal, ricos em bactérias boas, como bebidas de leite fermentado.

Intolerância alimentar: Comer um alimento que o seu corpo não tolera cria uma irritação crônica de baixo nível ou inflamação no intestino. Ao longo do tempo, esse processo pode se agravar e passar para corrente sanguínea. A pele é o maior órgão a sofrer com esses efeitos, por isso não é de se estranhar que eczema seja um sinal do corpo tentando expelir essas toxinas. O que fazer? Dieta de eliminação. Tentar identificar qual alimento causa alergia através da restrição. Comece cortando um ou dois alimentos que você suspeita. Comece retirando os que contenham glúten, lacticínios, açúcar, soja, ovos, milho e levedura.

A página d’O Globo de ontem:

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